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Procissão do Fogaréu emociona fiéis em Feira de Santana com forte simbolismo e tradição religiosa

 Na noite desta quinta-feira (17), fiéis se reuniram para acompanhar a tradicional Procissão do Fogaréu em Feira de Santana, uma das manifestações mais expressivas da fé cristã durante a Semana Santa. O cortejo partiu da Capela Nossa Senhora da Piedade, no estacionamento da Santa Casa de Misericórdia, e percorreu as ruas em um clima de recolhimento, fé e reflexão.

A procissão, marcada pelo uso de tochas e trajes que remetem aos soldados romanos, simboliza a prisão de Jesus Cristo, trazendo uma experiência intensa e histórica para os participantes. A tradição remonta à Idade Média e segue viva em diversas regiões do Brasil.



Fernanda Reis, provedora da Santa Casa, destacou a conexão entre a instituição e a espiritualidade do evento. “É um momento que buscamos fé, que buscamos realmente trazer a maior tradução do amor, que foi o amor que Cristo nos trouxe com sua morte, para o nosso dia a dia. E é esse o papel da Santa Casa, de cuidar das pessoas”, afirmou.

O arcebispo metropolitano de Feira de Santana, Dom Zanoni Demettino Castro, também participou do ato e falou sobre o significado profundo da procissão:

“As tochas dos soldados, mas as tochas também que indicam que Jesus é a luz do mundo. Temos essa ambiguidade da vida: a recusa, mas também o seguimento; as trevas, a luz.”

Neste ano, a caminhada contou com a participação especial do Terço dos Homens, um movimento devocional que contribuiu para a vivência da oração em comunidade. Para muitos, como a pedagoga Iari Dantas Bezerra, o momento foi de introspecção e gratidão:

“É um sentimento de amor, de gratidão a Deus pela vida. A gente precisa realmente se dedicar a esses momentos.”

O deputado federal Zé Neto (PT) também esteve presente e relembrou sua infância acompanhando a procissão:

“É muito bacana, mas, acima de tudo, é um momento de reflexão, da presença de Jesus Cristo nos nossos corações.”

Representando a nova geração de fiéis, o pequeno Gilmar Marques Santana, de 8 anos, acompanhou a procissão ao lado do tio e da avó. Questionado sobre o que mais gostou, respondeu com simplicidade e brilho nos olhos:

“Os louvores.”

A Procissão do Fogaréu, mais uma vez, demonstrou sua força como expressão de fé e tradição em Feira de Santana, tocando o coração de adultos, jovens e crianças.

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