Suspeito de Matar Manicure Kelly Oliveira se Entrega à Polícia em Feira de Santana
O homem suspeito de assassinar a manicure Kelly Oliveira Silva, de 36 anos, se entregou nesta segunda-feira (14) no Complexo de Delegacias do bairro Sobradinho, em Feira de Santana, acompanhado pelo advogado Daniel Vitor.
Com a prisão preventiva já decretada, ele foi encaminhado ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) para realizar o exame de corpo de delito e, em seguida, transferido para o Conjunto Penal de Feira de Santana, onde ficará sob custódia. O suspeito, apontado como o principal responsável pelo crime, estava foragido e sendo procurado pelas polícias da Bahia e de São Paulo.
A Polícia Civil tem um prazo de 10 dias para concluir o inquérito, que será enviado ao Ministério Público, onde o homem poderá ser formalmente acusado de feminicídio.
O corpo de Kelly foi encontrado no dia 3 de outubro em um imóvel no bairro Caseb, onde ela foi torturada e sofreu violência sexual. Suas mãos e pés estavam amarrados com fios de telefone. A família da vítima informou que seu ex-namorado, o suspeito, morava no local onde o corpo foi encontrado e que ele vinha tentando uma reconciliação sob ameaças de morte. Ele já estava proibido de entrar no condomínio onde Kelly residia. O casal havia vivido junto por quatro anos.
Kelly foi vista pela última vez no dia 1º de outubro, após jantar com uma prima. Ela saiu de casa por volta das 22h40 para se encontrar com o suspeito, e testemunhas relataram ter visto os dois subindo juntos para o prédio onde ele morava.
Em entrevista, o advogado do suspeito, Daniel Vitor, afirmou que seu cliente permaneceu em silêncio durante o interrogatório na Delegacia de Homicídios e aguardará a apresentação das provas antes de se defender formalmente. Segundo o advogado, a decisão de ficar em silêncio foi uma estratégia da defesa, já que o processo ainda está em estágio inicial. Vitor também mencionou que o suspeito demorou a se entregar por temer ameaças que vinha recebendo, mas que agora aguarda a audiência de custódia e o possível oferecimento de denúncia pelo Ministério Público.
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