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Manifestação de Familiares de Detentos em Feira de Santana por Acesso a Alimentos e Higiene Pessoal

 Familiares de detentos do Conjunto Penal de Feira de Santana realizaram uma manifestação nesta quarta-feira (15), exigindo o acesso a alimentos e produtos de higiene pessoal, já que as visitas foram suspensas devido à falta de reajuste salarial dos policiais penais. No entanto, a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) negou a proibição desses produtos.



Em entrevista ao Acorda Cidade, o presidente do Sindicato dos Policiais Penais e Servidores Penitenciários do Estado da Bahia, Reivon Pimentel, explicou que o baixo número de policiais penais em relação à grande quantidade de detentos está sobrecarregando o sistema. Ele ressaltou que o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária recomenda uma proporção de um policial penal para cada grupo de cinco presos no regime fechado, mas no Conjunto Penal de Feira de Santana, essa proporção chega a ser de 120 para um durante o dia e até 900 para um à noite.


Pimentel também mencionou que os policiais penais decidiram não mais aceitar escalas de serviço extraordinário a partir de 1º de maio, visando chamar a atenção do governo para a necessidade urgente de realizar concursos públicos para aumentar o efetivo. Ele destacou que o excesso de trabalho e estresse está afetando a saúde psicológica dos servidores, levando a um alto número de afastamentos por problemas de saúde, principalmente de natureza psicológica.


Apesar da situação, Pimentel esclareceu que as atividades nas unidades não estão paralisadas ou em greve, e que os procedimentos estão sendo realizados conforme possível, com prioridades determinadas pelos gestores das unidades. Ele afirmou que as visitações, assim como as assistências materiais, médicas e jurídicas, estão ocorrendo, mas dentro das limitações impostas pela falta de pessoal.

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