Feriado em Feira: União e Resistência, mobilização pelos direitos trabalhistas
Trabalhadores e membros de movimentos sociais se reuniram nesta manhã de quarta-feira, 1º de maio, Dia do Trabalhador, na Praça Padre Ovídio, no centro de Feira de Santana, para realizar um ato em defesa dos direitos trabalhistas.
O evento contou com a presença de representantes das Centrais Sindicais dos trabalhadores da educação, saúde, agricultura, bancários, artistas, além do deputado federal Zé Neto e dos vereadores Silvio Dias e Jhonatas Monteiro, entre outros líderes comunitários e representantes de diversas categorias.
Edberto Ferreira, professor da rede estadual de ensino, destaca que a mobilização dos trabalhadores visa resgatar o espírito de luta associado a essa data.
"Os movimentos sindicais locais mobilizaram os trabalhadores em torno da celebração desta data, com o objetivo de destacar a importância da luta pelos direitos que foram gradualmente retirados nos últimos quatro anos. Além disso, é fundamental combater o crescimento do fascismo no país, uma das principais preocupações, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Enfrentamos anos muito desafiadores, com perdas significativas de direitos devido às reformas trabalhista e previdenciária, além do teto de gastos que impacta negativamente tanto a saúde quanto a educação. Para a minha categoria, a docência, essas questões são especialmente prejudiciais. Estamos atualmente em uma paralisação em defesa do pagamento integral do piso salarial, enquanto o governo propõe fracioná-lo. Também reivindicamos o pagamento dos precatórios, um direito que o governo tem negligenciado, o que torna nossa perspectiva ainda mais difícil", explica.
Eritan Machado, presidente do Sindicato dos Bancários de Feira de Santana, salienta que o 1º de maio não é apenas uma data histórica, mas um momento de luta contínua por melhores condições de trabalho e de vida.
"Embora tenha surgido historicamente em decorrência de um trágico acidente em uma fábrica nos Estados Unidos, o 1º de maio representa a busca por avanços nas condições laborais e pela proibição do trabalho infantil, entre outras demandas. No entanto, ainda hoje enfrentamos uma série de desafios em várias frentes. Continuamos lutando pela igualdade de gênero no mercado de trabalho, pela melhoria das condições mínimas e pela criação de mais empregos. Por isso, ocupamos as praças e ruas para manifestar nosso protesto e conscientizar as pessoas sobre a necessidade de avançar nos direitos e garantias dos trabalhadores".
Sobre o impacto da Inteligência Artificial (IA) nas operações bancárias, Eritan Machado destaca:
"É uma realidade que afeta a maioria das categorias trabalhistas. Embora os avanços tecnológicos devam facilitar o trabalho humano, infelizmente vemos que muitas vezes resultam em demissões e sobrecarga de trabalho para os funcionários remanescentes. É importante ressaltar que, apesar desses avanços, os bancários têm enfrentado jornadas de trabalho extenuantes, o que tem contribuído para o adoecimento da categoria".
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