“O fumacê é usado na última instância”, diz coordenadora do Centro de Endemias sobre combate a dengue em Feira de Santana
Na segunda-feira (26), Feira de Santana lamentou a primeira morte causada por dengue grave no ano de 2024. A vítima, uma adolescente de 17 anos, residia no bairro Chácara São Cosme.
Com o vírus cada vez mais assustando a população e os casos da doença em ascensão, o Centro Municipal de Endemias tem desempenhado um papel crucial no combate ao mosquito Aedes aegypti. Em entrevista ao jornal, Síntia Sacramento, coordenadora do Centro, detalhou o trabalho dos agentes de endemias e do carro fumacê.
Síntia explicou que o uso do carro fumacê, tão solicitado pelos moradores, é uma medida extrema adotada apenas em áreas com alta incidência da doença, casos graves e até óbitos. Ela ressaltou que o processo para acionar o carro fumacê é burocrático e requer solicitação ao governo do estado, que também envia o veneno utilizado na ação.
"Estamos enfrentando um aumento significativo de casos em Feira de Santana, com um índice mais do que dobrado em comparação a 2023. Estamos tomando medidas como distribuição de capas para tanques descobertos, envio de agentes de endemias para bloqueio e solicitação do carro fumacê, que é uma medida de última instância", afirmou a coordenadora.
Ela também destacou que o período de visitas dos agentes de endemias é a cada três ou quatro meses, ressaltando a importância da colaboração dos moradores na identificação e eliminação de possíveis focos do mosquito entre as visitas.
Quanto aos sintomas da doença, Síntia alertou para febre, dor no corpo e dor de cabeça, enquanto enfatizou a necessidade de hidratação, uso de repelentes e a eliminação de água parada como medidas preventivas essenciais.
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